segunda-feira, 31 de dezembro de 2007

Valeu!

Vale a pena sair a correr à procura da tal prenda. É chato deixar duas afilhadas à espera, mas elas compreendem a madrinha e os seus ataques de ansiedade.
Vale a pena entrar em cinco ou seis lojas num espaço de dois minutos à procura de algo que faça o Natal de outra pessoa.
Vale a pena escolher entre tantas variedades e, finalmente, encontrar o presente ideal (mais ou menos ideal, vá).
Vale a pena ficar apenas com uns trocos para comer qualquer coisa à noite, desde que o dinheiro seja gasto na tal prenda ideal.
Vale a pena gastar os trocos que sobram num saco bonito.
Vale a pena escrever uma dedicatória que fará pelo menos sorrir a pessoa que recebe a prenda.
Vale a pena a surpresa de receber algo quando já não se espera nada.
Vale a pena correr para as aulas porque já passou da hora, desde que se venha com um sorriso no rosto e com o sentimento de dever cumprido.
Vale a pena chegar meia hora atrasada à aula do Nabais (até porque ele chega 45 minutos atrasado).
Vale a pena pensar que fiz uma pessoa feliz.
E tem-se a certeza que valeu a pena quando alguém nos diz que o feliz contemplado ficou surpreso, sorridente e que, embora nunca o afirme, o tal presente lhe tocou o coração.

quarta-feira, 26 de dezembro de 2007

Imagem do dia


Vivam as girafas... mesmo as girafas-burro!

Asneira!


Acho que fiz asneira! Não sei ficar calada!
Não bastava já o que basta, ainda tinha que vir a opinião da besta!
Só à chapada!
Por alguma razão se diz que o silêncio é de ouro!
Sorry!

Feliz Natal


Vai um bocadinho atrasado, mas quando Jesus nasce é para todos.
Que saibamos acolhê-lo melhor este ano do que nos anteriores. Abramos o nosso coração à paz e ao amor que Ele reservou para cada um de nós!
Feliz Natal!!!


segunda-feira, 24 de dezembro de 2007

Não te quero só!

Queria estar aí contigo!
Promete-me que vens ter comigo se te sentires só um único segundo.
Hoje deixa-me ser eu a tomar conta de ti...

sábado, 15 de dezembro de 2007

Lágrima


"Chorar é dizer em lágrimas o que o coração sente... e que a boca, por um orgulho ou outro, se recusa a dizer."
Autor desconhecido

domingo, 9 de dezembro de 2007

Quase, quase

Está quase! Faltam apenas umas horitas! Então serei finalmente uma jovem de 20 aninhos - que permanecerá eternamente criança para não ter muito trabalho! :p

quinta-feira, 6 de dezembro de 2007

Frase do dia

SÓ SEI QUE NADA SEI...

Sorrir por mim... que querida

Ouvi dizer que a pessoa mais dedicada a Platão que eu conheço ficou toda contente com a mais recente prestação da sua discípula preferida. Tão contente, tão contente que decidiu gastar 5 minutos do seu tempo a falar com o meu irmão (para quem conhece, compreende-se o escândalo).
A minha fonte seguríssima, o bom do meu irmão, disse-me, inclusive, que bastou ele dizer "tenho um recado da minha irmã para si" para a digníssima senhora abrir um dos maiores sorrisos que ele já lhe viu nos lábios.
Vale mesmo a pena saber, ainda que por portas travessas, que alguém sente orgulho e carinho por nós. É mutuo, mas isso ela sabe! :-p

Segundo plano?

Não quero ser injusta, por isso prefiro não fazer comentários precipitados.
Dás-me tanta importância, que quando te distrais sinto-me remetida para segundo plano. E tu só te distrais por um segundo! Não vou dizer mais nada esta noite (mas vou rezar para que agora esteja apenas confusa)...

terça-feira, 4 de dezembro de 2007

Grego Antigo


Hoje o Platão e o Aristóteles estão orgulhosos de mim.
E parece que as suas mais fiéis discípulas também.
Tive 19,9 na Frequência de Grego Antigo e pareceu-me importante passar a notícia!
Não sei bem, mas, afinal, tantas horas de estudo valeram a pena! YEY!

domingo, 2 de dezembro de 2007

Entre o luar e a folhagem/ e o arvoredo

Entre o luar e a folhagem,
Entre o sossego e o arvoredo,
Entre o ser noite e haver aragem
Passa um segredo.
Segue-o minha alma na passagem.

Fernando Pessoa


Entre o luar e o arvoredo,
Entre o desejo e não pensar
Meu ser secreto vai a medo
Entre o arvoredo e o luar.
Tudo é longínquo, tudo é enredo.
Tudo é não ter nem encontrar.

Entre o que a brisa traz e a hora,
Entre o que foi e o que a alma faz,
Meu ser oculto já não chora
Entre a hora e o que a brisa traz.

Fernando Pessoa

Quando o difícil virou fácil

Parecia-me tão difícil, mas agora posso dizer que foi quase fácil.

Para variar, esqueci-me que não estou sozinha e que posso contar sempre com a sensatez de quem caminha ao meu lado (literalmente).

Claro que podia ter dito mais coisas. Houve uma altura em que quase chorei, mas o meu orgulho (que ultimamente me parece desmedido) não permitiu que reparasses, pois não? Não em chamaste tolinha! Estava à espera disso, mas só porque sou distraída. Eu sei que nunca brincarias com algo que te dissesse e que considerasse grave. Calculei que tomasses a posição que assumiste. Para variar puseste-me a pensar. Como sempre! Não sei como consegues. E não sei se te coloquei numa posição difícil. Talvez, mas não deixaste que eu percebesse, como sempre. Sabia que, mais uma vez, ias demonstrar estar à altura do pedestal da amizade em que te coloquei. Mas não estava à espera que me elogiasses.

Não te posso agradecer porque mo proibiste. Posso dizer a Deus que estou grata por te ter posto no meu caminho.

(Frase do dia: "se fossem assim tão maus não te tinham feito a ti" - chuif)

segunda-feira, 26 de novembro de 2007

Homenagem ao meu sobrinho! :p


Homenagem ao meu sobrinho!
Espero que tão cedo não venha mais nenhum!

Escolhas 6

Pedro começou a esfregar os paus de madeira, na esperança que uma chama aparecesse:
- Por acaso não tens um isqueiro, não? – perguntou o rapaz.
- Não! Não fumo!
- Fazes bem! Se bem que agora me dava um certo jeito.
- Posso te fazer uma pergunta?
- Mais uma? – disse Pedro com ar brincalhão.
- Sim! Quando vínhamos a caminho deste local, reparei que tropeçaste numa pedra. Para dizer a verdade, quase caíste no meio do chão. Qualquer pessoa daria um chuto na pedra e continuaria o seu caminho, mas tu não! Procuraste-a e guardaste-a! Porquê?
- A pedra! Que óptima ideia! Pode ser que consiga fazer lume com ela! Onde é que eu a guardei? – procurou nos bolsos – Ah! Está aqui! Vamos lá tentar agora!
Depois de algumas tentativas, lá se acendeu uma pequena chama que ia sendo mantida pelos pequenos ramos que Pedro tinha trazido. Finalmente decidiu responder-lhe:
- Querias saber porque razão guardei a pedra? Eu conto-te! Diz-me primeiro que livro trazes na tua mala!
- O livro que trago? São poemas de Fernando Pessoa. Porquê?
- Bem me pareceu! Nesse caso devias saber porque guardei a pedra. “Pedras no caminho? Guardo-as todas, um dia vou construir um castelo…” Percebeste?
- Quer dizer que a guardaste para te lembrares que deves andar com mais atenção quando passeias pelo bosque? – Pedro riu-se e respondeu-lhe:
– Também! Quando olho para ela, lembro-me que quase caí porque ia distraído. Mas não só! Fernando Pessoa era ligeiramente mais profundo que os meus tropeções. – Mariana sorriu-lhe e Pedro continuou:
- Hoje em dia as pessoas têm um estranho hábito. Quando algo menos bom lhes acontece, esforçam-se por passar uma borracha por cima e esquecer tudo. Receiam relembrar a dor porque não sabem lidar com ela. Cada obstáculo que surge no nosso caminho deve ser visto como uma lição. Exactamente como quando se anda na escola. Lembraste quando fazias exercícios de matemática? Aposto que quando vias que erravas não desistias de tudo e mudavas de disciplina. Não! Voltas a ler e tentavas compreender o que estava errado para que da próxima vez que o fizesses não caísses no mesmo erro…
- E é isso que deveria fazer com as restantes coisas da minha vida? Tirar delas uma lição? Perceber onde errei e superar-me para não voltar a perder-me no mesmo erro?
- Exactamente!
- Para um miúdo de dezanove anos, até dizes coisas inteligentes! – Mariana riu-se – Queres uma sandes?
- Sim, obrigado! Vou tentar ir buscar água. Aposto que estás cheia de sede! Já reparaste que quando te interessas por um assunto és muito menos refilona. Já nem lamentas ter-me seguido!
- Foi uma escolha que fiz! Tenho que aprender a viver com ela! – Ambos se riram!
Mariana viu Pedro fazer uma concha com as mãos e levar a água à boca.
- Está fresca! Podes vir beber! Não sabe mal!
Mariana dirigiu-se ao pequeno riacho e seguiu o exemplo de Pedro:
- Está salgada. Não sabe lá muito bem!
- A sério? Que estranho! A mim soube-me bem. – disse-lhe ele, momentos antes de se decidir a salpica-la com a água do riacho.
- Pára Pedro! Vais molhar-me a saia toda! – Mas Pedro estava a achar piada à brincadeira. Mariana fechou os olhos, fazendo um esforço para não se zangar. Quando os abriu percebeu, finalmente, o que lhe tinha acontecido.
Estava de volta à praia e Pedro tinha desaparecido. Ela tinha adormecido em cima daquela grande rocha à beira-mar. Tinha sido a água a acordá-la, assim que começara a molhar-lhe a saia. Mariana levantou-se da rocha e afastou-se do mar. Tudo aquilo não tinha passado de um sonho. Mas parecia-lhe tão real. Tinha aprendido tantas coisas em tão pouco tempo.
Já estava a ficar tarde. Tinha que voltar para casa. Não valia a pena perder-se em sonhos, quando tinha gente à sua espera. E foi então que tropeçou numa pequena concha. Olhou para ela e apanhou-a.
- Vou guardá-la! – pensou – Apesar de ter sido um sonho, de certeza que não perco nada em me relembrar dele de vez em quando.
Quando entrou no carro, ligou o rádio numa música ligeira. Seguiu a estrada habitual e quinze minutos depois estacionava à porta de casa. Não conseguia, contudo, deixar de pensar:
- E se tivesse escolhido o caminho do bosque?

FIM

domingo, 25 de novembro de 2007

Escolhas 5


Chegaram finalmente àquele que parecia o local que Pedro procurava:

- Vais ver que valeu a pena ficar por cá! - Pelo som que conseguíam escutar, tinham que estar muito próximos de um riacho.

Pedro ajudou Mariana a descer por um aglomerado de pedras que parecia querer esconder o local. Quando chegou ao chão, Mariana reparou numa pequena cascata, onde a água caía e embatia nas pedras, molhando tudo à sua volta. A água gelada corria apressada em direcção a um enorme e calmo lago. À sua volta cresciam árvores altas e vistosas. Havia flores de tantas cores: amarelas, brancas, vermelhas e cor-de-rosa. E por cima do lago!? Era tão estranho, mas por cima do lago repousava, no céu limpo e já quase sem sol, um enorme e colorido arco-íris.

Os olhos de Marina nem queriam acreditar no que viam! Tinha a boca semi-aberta de espanto e de admiração. Como era possível que nunca tivesse sabido daquele local?

- Fecha a boca! Aproveita o espectáculo enquanto ainda há luz. – Avisou Pedro. Enquanto ela se sentava, admirando os pássaros que chegavam agora a suas casas, ele procurava alguns ramos que tivessem caído das árvores ali perto.

- O que estás a fazer? – perguntou-lhe.

- Estou a garantir que teremos luz quando o sol desaparecer de vez.

- Ah! – Voltou a contemplar as cores à sua volta. Das flores emanava um perfume doce. – Como é que é possível que nunca tenha dado por este local? Nunca ninguém me falou deste espaço e duvido que muitos o conheçam. Não vem no mapa ou nós não devíamos estar aqui?

- Está descansada! Qualquer um pode vir aqui quando quiser. Só precisa de saber o caminho correcto, e isso costuma ser o mais difícil. Mas os homens distraem-se com facilidade, não é? Cansam-se rapidamente e desistem de procurar aquilo que verdadeiramente os faz feliz!

- Porque dizes isso? Não somos todos assim! Alguns passam uma vida inteira à procura dos seus sonhos, da felicidade…

- E perdem-se em sonhos! Mariana – foi a primeira vez que Pedro disse o nome dela – para se ser feliz não basta sonhar. É preciso procurar saber mais, esforçarmo-nos por conhecer…

- Mas muitas pessoas sofrem enquanto procuram a felicidade!

- Ainda não percebeste que o sofrimento é inerente à tua condição? Se não sofreres, não dás valor às coisas. Só quando sentes a falta de alguém percebes o bem que te faz a sua presença. E todas as dificuldades por que passamos não são mais do que provas que temos que superar para nos melhorarmos.

(continua...)

Escolhas 4

- Tudo bem! Não tenho escolha. Para que lado é a tua casa?

- Por aí… - disse com um ar vago. Mariana ia preparar-se para gritar com ele, mas Pedro foi mais rápido – E nem vale a pena refilares. Não tens opção. E quanto ao jantar, eu sei que trouxeste umas sandes na mala. Estavas a apanha-las do chão quando cheguei.

Era bem verdade. Não tinha outra opção. Teria mesmo que passar a noite naquele bosque na companhia de um estranho rapaz e de uma sandes que tinha feito ainda de sair de casa. E pensar que quando era mais nova sonhava com piqueniques neste bosque. Nunca mais se metia numa situação destas!

Quando Pedro se fartou de brincar com o gafanhoto, passou por Mariana empurrou uns ramos que lhe dificultavam a visão e começou a andar por um novo caminho. Rapidamente, Mariana seguiu-o sem dizer uma única palavra. Foi ele que lhe perguntou:

- Afinal, como é que vieste aqui parar?

Ela contou-lhe toda a sua aventura. Falou-lhe da estrada cortada, do carro sem gasolina e da encruzilhada. Nessa altura, ela disse:

- Agora estou certa de que devia ter escolhido o outro caminho!

- Como sabes? Na nossa vida temos que fazer escolhas. Umas mais difíceis que outras, mas apenas escolhas.

- Sim, mas esta escolha deixou-me perdida no meio do bosque! Não foi uma escolha qualquer. E eu não tenho culpa de estar perdida!

- Se temos liberdade para escolher, também devemos ter responsabilidade para lidar com as nossas decisões. Não tinhas que ter escolhido nada. Podias ter ficado no carro à espera, podias nem ter saído hoje de casa. Mas escolheste ir à praia, escolheste a estrada do bosque e escolheste abandonar o teu carro para chegares a casa ainda hoje. Acho que já és suficientemente crescida para perceber isto!

- Podes ter razão em tudo o que disseste, mas como não decidi ouvir sermões de um miúdo de dezoito anos, por favor fica calado e não me enerves mais.

- Já que falas nisso, são quase dezanove anos. E este “miúdo” acabou de te dar uma lição que tu preferes não entender. Mais uma vez, a escolha é tua! – E continuou o seu caminho. Andava aos ziguezagues por entre as árvores. Mariana não sabia se o fazia de propósito para a chatear ou se tanta sinuosidade tinha alguma utilidade prática. Sabia, no entanto, que estava quase a ficar enjoada e começava a achar que não iam chegar a lado nenhum.

Enquanto seguíam trilhos cada vez mais estreitos, repararam que a noite se aproximava a passos largos. Possivelmente devido à falta de luz, Pedro tropeçou numa pequenina pedra e quase caiu. Mariana ainda o viu à procura de qualquer coisa no chão e reparou que depois de encontrar a pedra em que tinha tropeçado, a guardou no bolso e prosseguiu o seu caminho.

(continua...)

sábado, 24 de novembro de 2007

Escolhas 3

Quando acordou, a névoa parecia ter-se dissipado. Devia ter ficado no chão apenas uns minutos, porque o céu não parecia muito mais escuro. Contudo, sentia o corpo pesado e começava a ficar assustada porque não via chegar o fim desta aventura que ela não tinha pedido.

Levantou-se cuidadosamente. O conteúdo da sua mala tinha-se espalhado pela terra: chaves, umas sandes, telemóvel, um livro… E estava tudo sujo! Apressou-se a arrumar os seus pertences. Olhou em volta e não reconheceu o local. Agora estava, definitivamente, perdida! Não via qualquer prédio no horizonte e o trilho era demasiado homogéneo. Ainda estava a meditar na situação em que se encontrava quando ouviu o roçar de roupas nas folhagens. Alguém se aproximava dela.

De repente, surgiu à sua frente um rapaz de pele clara e olhos escuros. Tinha o cabelo meio desalinhado e parecia distraído com um pequeno insecto que saltava perto da sua mão esquerda. Não vinha vestido para um passeio pelo bosque, mas as suas roupas estavam impecavelmente limpas (ao contrário da saia de Mariana cujas cores já se tinham perdido entre o pó e a terra). Como parecia decidido a não olhar na direcção de Mariana, foi ela que iniciou a conversa:

- Olá! – disse-lhe – O que fazes por aqui? - Mas ele não lhe respondeu. Limitou-se a fixar o olhar no insecto, que agora pousava no seu nariz. Irritada com a situação voltou a tentar:

- Ei! Estás a ouvir-me? Estou a falar contigo! Porque não me respondes?

- Estou ocupado! – Afinal ele falava, mas pelo tom de voz era fácil perceber que não devia ter mais de dezoito anos.

- Estás ocupado com o quê?

- Estou a observar a vida deste grilo!

- Isso não é um grilo… é um gafanhoto… - Aborrecido com a sugestão de que poderia estar errado, o rapaz recuperou o silêncio. – Ok! Esse teu… grilo, por acaso não sabe o caminho de regresso à cidade?

- Porque queres saber? – Ele olhou pela primeira vez na direcção dela. Depois colocou o gafanhoto na árvore mais próxima.

- Porque já está a ficar tarde e preciso voltar para casa. Tu também tens que voltar, não?

- Não! – disse o rapaz voltando a seguir com os olhos os saltos que o seu insecto dava de ramo em ramo.

- Como não? De certeza que os teus pais estão preocupados à tua procura. Onde é que moras? Em que zona da cidade?

- Eu moro aqui!

- No bosque? – disse Mariana incrédula.

- Não! Moro aqui, ali, onde me apetecer. Decido o que faço com a minha vida e sou responsável pelos meus actos. Não tens que saber mais nada!

- Já percebi que também és muito simpático! – ironizou Mariana - Como te chamas? O meu nome é Mariana e, apesar de também ser responsável pelos meus actos, moro na cidade e tenho a minha família à espera para jantar.

- Chamo-me Pedro. Porque não ficas aqui? Porque não passas a noite no bosque? Aposto que não fazes ideia do caminho de volta. – troçou Pedro.

- Não sei, mas posso procurar. Achas mesmo que vou passar aqui a noite? Estás completamente doido! – Mas Pedro já tinha a resposta preparada:

- Vê se percebes uma coisa: de noite, as árvores são todas iguais. É praticamente impossível chegar à cidade sem um guia. E hoje já estou cansado. Amanhã de manhã deixo-te na cidade, se quiseres. – O tom do rapaz parecia sério e deu a Mariana a estranha sensação de que podia confiar nele. De qualquer maneira, já estava desesperada e sozinha não chegaria a lado nenhum.

(continua...)

quinta-feira, 22 de novembro de 2007

Escolhas2

- Calma! – pensou alto – Não é nada de especial. Quando passar o próximo carro, de certeza que alguém me ajuda. Emprestam-me o telemóvel e eu ligo para o reboque… e para casa, também.

Mas não passava ninguém. Ao fim de cinco minutos, a impaciência tinha, finalmente, tomado conta dela. Desesperada, começou às voltas em torno do carro. Para se distrair pontapeava pequenas pedras na berma da estrada. De dois em dois segundos olhava para o horizonte, mas nada. Não passava um único veículo!

Decidida a fazer alguma coisa, Mariana trancou o carro e pôs-se a caminho. A cidade já não estava longe e, apesar de não conhecer bem o bosque, acreditava que, se seguisse a estrada, em breve estaria a beber o seu chocolate quente no conforto do seu quarto. Caminhava rapidamente. O seu passo apressado transmitia-lhe confiança e isso afastaria qualquer sentimento de medo que se tentasse apoderar de ela.

À medida que avançava no bosque, a folhagem ia ficando mais densa. Começava a ter dificuldade em ver o percurso, uma vez que a luz do sol já quase não passava por entre os ramos das árvores. Era tão estranho! Naquela altura do ano, a clareira já devia ter perdido as folhas, mas ali, ao contrário do que tinha observado à entrada do bosque, estas permaneciam verdes e frescas como na Primavera.

Chegou, então, a uma encruzilhada. À sua frente estava um tronco alto e rugoso que dividia o caminho em dois. Placas de sinalização? Nem uma! À sua esquerda estava um caminho mais amplo. Parecia ser aquele que daria continuidade à estrada. À sua direita havia um pequeno trilho e o seu olhar já conseguia alcançar formas que em muito se pareciam com alguns prédios da sua cidade. Seria aquele um bom atalho?

Encontrava-se perante um dilema: continuar no seu caminho parecia ser o mais seguro a fazer, mas se o trilho a levasse à cidade mais rapidamente, não valeria a pena correr esse risco? O que fazer? Todos os dias temos que tomar decisões, fazer escolhas, deixar algo para trás para poder prosseguir o nosso caminho. Mariana nunca tinha sido boa a tomar decisões rápidas, mas como não tencionava passar a noite naquela encruzilhada, decidiu-se pela direita e prosseguiu o seu caminho!

À medida que avançava pelo trilho, reparou que uma névoa a envolvia e lhe confundia a visão. Era cada vez mais complicado ver os prédios. Olhou para trás na esperança de retomar à encruzilhada e optar pelo outro caminho, mas já não conseguia ver por onde tinha vindo e receava perder-se mais do que já estava.

O ar parecia mais quente. Estava mesmo a ficar abafado. Na realidade, agora que ela tentava olhar em frente, tudo lhe parecia desfocado. Começou a sentir-se tonta. As árvores já giravam em seu redor. Os olhos pesavam-lhe cada vez mais e tinha dificuldades em respirar. Então, pela primeira vez na sua vida, Mariana sentiu-se a desfalecer e desmaiou.

(continua...)

Escolhas1

– O tempo está a mudar! - pensou. De olhos postos no céu, Mariana fazia uma breve análise da atmosfera que a rodeava. Tinha estado um Verão quente, demasiado quente na sua opinião. Ainda assim, tinha aproveitado bem as férias: depois de uma pequena viagem aos Açores, ainda conseguiu arranjar tempo para estar com os amigos e com a família. Chegara, agora, o tempo de repor energias para mais um ano lectivo que já estava a bater à porta.

Enquanto dava atenção a cada pormenor da natureza que a rodeava, Mariana constatava que já soprava um vento leve e frio. Era natural que, ali à beira-mar, ainda se constipasse. Mas a beleza da água límpida e azul envolvia-a. As cores do pôr-do-sol pediam-lhe que ficasse só mais um pouco com elas.

Com os sapatos na mão, decidiu brincar com a água salgada. Estava gelada, mas isso não a impediu de caminhar nela, de salpicar o vazio, de rir consigo própria. Então, foi sentar-se numa rocha grande e escura. Esta parecia esperá-la para que juntas pudessem aproveitar o espectáculo que a natureza lhes oferecia.

Enquanto fixava o olhar no horizonte, Mariana revisitava cada pormenor da sua vida. Nunca tinha tido uma vida difícil, mas com o avançar da idade, as responsabilidades aumentavam e os problemas pareciam surgir do nada. Ainda assim, sorria. Uma amiga dela costumava dizer-lhe que vivia num mundo encantado. Talvez fosse verdade!

De facto, o tempo começava a mudar. Já estava a ficar tarde, por isso era preciso voltar para casa. Depois de tentar sacudir a areia da saia, entrou no carro e abriu a janela, mas não ligou o rádio como habitualmente fazia. Queria aproveitar o silêncio mais um pouco.

O caminho que habitualmente a levava de regresso a casa parecia interdito, por isso, a sua única alternativa seria o percurso que atravessava o bosque e que a deixaria às portas da cidade em trinta minutos. Pôs-se a caminho.

Não se recordava da última vez que ali passara. Contudo, aquelas árvores lembravam-lhe um tempo de inocência, lembravam-lhe de quando ainda era uma criança. Os avós levavam-nos, a ela e ao irmão, a passear pelo bosque. Sempre que ali passavam, Mariana pedia para pararem e fazer um piquenique. Mas os avós diziam que era perigoso parar no meio de um bosque desconhecido e os netos acabavam por esquecer o piquenique, perdendo-se em mais uma das histórias do avô.

À medida que avançava e olhava para o caminho, Mariana observava a paisagem que a rodeava. Chegou a reduzir a velocidade para melhor apreciar as diferentes tonalidades das folhas das árvores que, lentamente, já começavam a pintar o chão de verde, castanho e dourado. Estávamos em Setembro.

Enquanto se deliciava com cores e histórias da infância, quase se distraía na condução, chegando a afastar, ligeiramente, o carro do caminho. Felizmente, não vinha ninguém atrás, ou os seus devaneios já lhe teriam custado um pequeno acidente.

Os pensamentos de Mariana foram interrompidos por um ruído que já a acompanhava há alguns minutos. Apesar de não reconhecer o som, apercebeu-se, logo, de onde vinha. O motor do carro tinha decidido escolher aquele momento para apresentar uma reclamação: falta de gasolina. Ainda meio alarmada, Mariana tentou continuar o seu percurso, mas logo o carro abrandou, dando apenas tempo à sua condutora de o encostar à direita.

Mariana saiu do carro. Não acreditava que aquilo lhe estivesse a acontecer. Procurou na mala o telemóvel. Desligado por falta de bateria. Claro! É sempre nestas ocasiões que a bateria do telemóvel acaba! E foi então que percebeu: estava no bosque, sem gasolina, sem poder contactar com ninguém, sozinha.

(continua...)

quarta-feira, 21 de novembro de 2007

Pedras no caminho?

"Posso ter defeitos, viver ansioso e ficar irritado algumas vezes, mas não esqueço que a minha vida é a maior empresa do mundo. E que posso evitar que ela vá à falência.

Ser feliz é reconhecer que vale a pena viver, apesar de todos os desafios. Ser feliz é deixar de ser vítima dos problemas e tornar-se autor da própria história.
É atravessar desertos fora de si, mas ser capaz de encontrar um oásis no recôndito da alma.

É agradecer a Deus a cada manhã pelo milagre da vida. Ser feliz é não ter medo dos próprios sentimentos. É saber falar de si mesmo. É ter coragem para ouvir um "não". É ter segurança para receber uma crítica, mesmo que injusta.

Pedras no caminho? Guardo-as todas, um dia vou construir um castelo... "

Fernando Pessoa

domingo, 18 de novembro de 2007

Uma história

Estou confusa!

Tenho histórias que urgem ser contadas.

E tantas vezes estiveste lá tão perto sem sequer desconfiar!

Quero-te contar a minha história…

Quero-te contar a história que ninguém conhece, mas que fez de mim o que sou hoje. Se foi bom ou mau, não sei! Foi triste, mas tem um final muito feliz, acho eu! Um final que me fez conhecer-te… e a quantidade de lições importantes que já aprendi contigo em tão pouco tempo!

Mas até agora não fui capaz. Deixo sempre para “um dia destes”.

Quero contar, mas só a ti. Antes de te conhecer só pensei numa pessoa, mas ela é demasiado frágil para ouvir a história toda e eu não poderia ficar a meio.

Queria tanto tê-lo feito ao jantar, mas dei por mim a pensar: “não é hora para te chatear com isto!”.

Hoje falaste de confiança, não foi? Achas que confio em ti cegamente. Não! Tens a certeza que confio… e isso é tão verdadeiro. Já me conheces tão bem! Não sei como. Chega a ser assustador quando me lês o pensamento. Não somos assim tão diferentes, mas sei que te admiro desde o primeiro dia. Sabes isso, não sabes? Compreendes porque te disse, hoje, que preferia que fosses sempre a primeira pessoa a responder às minhas perguntas (e elas não acabam nunca!)???

Mas, se confio, porque não sou capaz de me sentar e dizer-te tudo?

Receio que me evites, que me chames “tolinha”. Tenho medo que não compreendas, que me aches fraca, que penses “esta é maluca!”. E eu não te quero desapontar! Não a ti!

Também tenho uma pergunta a fazer-te: quero saber “porquê eu?”. Mas receio destruir tudo. Tenho medo que me respondas “não sei” ou “porque sim”. Tenho medo que um dia te esqueças de mim e por isso esforço-me para estar tão presente. E qualquer dia cansas-te.

Porque é que perdes o teu tempo comigo? Porque é que queres o meu bem? Porque te cansas por mim e insistes em ver-me feliz? Porque insistes em manter-me no meu caminho quando não te dou nada em troca? Consigo ser tão egoísta contigo. Nem sei se estás bem. Pareces-me bem!

Confias em mim? Houve um dia em que achei que sim, mas não sei. Não sei se te conheço, nem sei se te queres dar a conhecer. E, no entanto, há tantas coisas que partilhas comigo e que me fazem sentir especial.

Não sei! Não sei o que achar, nem sei se devo achar algo.

Sei que senti a tua falta e que agora estou mais tranquila. Sei que se soubesse que ias ler isto não o tinha escrito, mas tenho a esperança que um dia tropeces neste texto.

Sei que se soubesses que estou até agora a escrever davas-me um dos teus sermões e mandavas-me dormir!

Da próxima vez que tivermos tempo, lembra-me que tenho uma história para te contar!

segunda-feira, 12 de novembro de 2007

Postalinho!!!!!!

Recebi um postal!

Estou tão contente!

Era mesmo só para partilhar a minha alegria!

YEY!

terça-feira, 30 de outubro de 2007

Viajar


Definitivamente há pessoas com sorte! Há quem peça durante anos para ir a Londres e há aqueles que pegam em si mesmos, entram no avião e vão mesmo! E depois contam as novidades que nos deixam cheios de vontade de correr para o aeroporto... Cidade maravilhosa, absolutamente desconhecida, mas fascinante! Felizmente a Internet permite-nos sonhar com cada cantinho dela! Nada melhor do que conjugar Londres com livros. Talvez Paris com chocolates? Não! Há quem prefira o pôr-do-sol em Veneza! Quero ir viajar!

terça-feira, 23 de outubro de 2007

A noite agora fria

Cai chuva. É noite. Uma pequena brisa,
Substitui o calor.
P'ra ser feliz tanta coisa é precisa.
Este luzir é melhor.

O que é a vida? O espaço é alguém pra mim.
Sonhando sou eu só.
A luzir, em quem não tem fim
E, sem querer, tem dó.

Extensa, leve, inútil passageira,
Ao roçar por mim traz
Uma ilusão de sonho, em cuja esteira
A minha vida jaz.

Barco indelével pelo espaço da alma,
Luz da candeia além
Da eterna ausência da ansiada calma,
Final do inútil bem.

Que, se quer, e, se veio, se desconhece
Que, se for, seria
O tédio de o haver... E a chuva cresce
Na noite agora fria.


Fernando Pessoa

sábado, 6 de outubro de 2007

Pegadas na Areia - Letra

Uma noite eu tive um sonho
sonhei que andava a passear na praia com o Senhor.
Vi que ficavam dois pares de pegadas na areia,
umas minhas e outras do Senhor.

A certa altura da minha vida,
eu olhei para as pegadas na areia.
Reparei que nos momentos mais difíceis havia apenas umas pegadas na areia.
"Senhor Tu disseste que ficarias sempre a meu lado",

"Senhor Tu disseste que ficarias sempre a meu lado".

Reparei que nas dificuldades havia apenas umas pegadas na areia.

Não compreendo porque me deixaste sozinho quando eu mais precisei de ti.
O Senhor respondeu-me:
"Meu querido filho, meu querido filho…”

O Senhor respondeu-me:
"Meu querido filho, meu querido filho

Nunca te deixaria só, principalmente nos momentos mais difíceis
Quando viste na areia apenas um par de pegadas,
foi quando eu te peguei ao colo, foi quando eu te peguei ao colo".


Sem dúvida, uma das músicas mais bonitas, uma das letras mais tocantes!


quarta-feira, 3 de outubro de 2007

Cansadita!


Ainda agora começou e já não me aguento nas pernas!
Fica a informação de que este semestre vai ser de loucos.
Tenho sono...

sábado, 29 de setembro de 2007

Muitos Parabéns!


Lembro-me como se fosse hoje. Realmente há momentos que ficam marcados na história da nossa vida. O dia em que aprendi o que era um relógio biológico foi um deles. Devia ter onze anos, mas quem mo ensinou voltou a marcar-me aos dezassete, quando me levou quase ao colo até à enfermaria, só porque tinha torcido o pé. Inúmeras razões aproximaram-nos dia após dia. Fomo-nos conhecendo devagarinho.

Hoje sei que ganhei uma amiga para todas as horas. Alguém que arranja sempre tempo para “um lanchinho” e que ouve tudo aquilo que eu quiser dizer. Uma amiga que tenta sempre compreender o meu ponto de vista, mesmo que para isso seja preciso dar uma volta de 180 graus. Que me aconselha e que me põe na linha. Que cuida da minha dieta e insiste em não deixar emagrecer a minha carteira. Que ralha comigo durante trinta segundos, mas que depois se esquece e sorri como se nada tivesse acontecido.

Esta é uma amiga que não me canso de elogiar pela sua pureza de coração. Uma amiga que sempre oferece o seu sorriso inocente, combinado com a voz meiga e o olhar brilhante e verdadeiro. Uma amiga que se ri de si própria, mas nunca dos outros. Que se preocupa com meio mundo e que passa horas ao telemóvel por acreditar que todos merecem a mesma atenção.

Falo de alguém cujos sonhos deviam servir de inspiração, alguém que espalha amor e ternura por onde passa. Um exemplo de força e de vontade, o meu maior exemplo. Alguém que admiro e que orgulhosamente aponto como amiga.

Quando eu for grande quero ser como a madrinha. Muitos Parabéns!!!

domingo, 23 de setembro de 2007

Gelados à chuva :-)

22h.
Já não está muito calor.
Começa a chover.
Compramos um gelado.
Está a trovejar.
Apreciamos o espectáculo.
Chuva, trovoada, gelados e risos.
Ligeiramente ensopadas!
Completamente doidas!
Completamente felizes!!!

HSM - Letra dedicada

"It's hard to believe
That I couldn't see
You were always there beside me

Thought I was alone
With no one to hold
But you were always right beside me

This feelings like no other
I want you to know

I've never had someone that know's me like you do
The way you do
I've never had someone as good for me as you
No one like you
So lonely before I finally found
What I've been looking for"

sábado, 22 de setembro de 2007

Precipitação

Atabalhoamento, confusão, irreflexão, imprudência, inconstância, insensatez, leviandade. Estas são apenas algumas das palavras que definem aqueles momentos em que queremos muito certas coisas e não somos capazes de esperar o tempo necessário para as ter.

E depois perdemo-las! Queremos tanto estender um momento pela eternidade, que acabamos por nos esquecer que temos toda a eternidade para viver momentos igualmente bons. Temos tanta pressa de ser felizes, que nos magoamos de tanto imaginar como será quando aquela oportunidade nos escapar por entre os dedos.

Felizmente, existem sempre pessoas que nos perdoam as parvoíces e as tolices e que, dia após dia, vão lá estar para partilhar connosco mais um bom momento. São essas pessoas que nos provam que a felicidade é eterna!

sexta-feira, 21 de setembro de 2007

Realizadora de cinema

Sarinha:
A tua questão ainda vai demorar um bocadinho para ser respondida.
Para grandes questões, grandes respostas. Querias saber porquê... porque, entre outras coisas, tenho muito orgulho de todos vocês... dos 9!!!
A minha afilhada Sara tem um vídeo fabuloso realizado por ela. Ver em:
http://br.youtube.com/watch?v=CHTmcpfXSwk
A não perder!***

sábado, 15 de setembro de 2007

Erasmus



Cátia: Pela Europa…

Isabel: Breda (Holanda)

Mariana: Madrid

Rita: Évora

Sofia: Barcelona

Decidiram abandonar-nos na cidade mais bonita da Europa e partir em busca de novas aventuras. Cada uma, à sua maneira, já faz muita falta. Mas também é óptimo saber como enfrentam a difícil tarefa de se tornar independentes. A simples ideia de ver a Sofia de avental e frigideira em punho, a Mariana a tentar gerir uma questão prática como encontrar um “local de confiança” para fazer a manicure, a Belinha a trocar apenas algumas palavras com o já famoso senhorio que não fala inglês… até assusta!

E a Cátia??? Rússia? Para quem já traz na bagagem dois anos de autonomia, como ela e a Rita… piece of cake!

Mas hoje são elas, amanhã somos nós! Voltem depressa, mas aproveitem ao máximo enquanto aí estão! E não se esqueçam aqui dos alfacinhas! Actualizem-nos sempre que possam e divirtam-se MUITO!

Ah! E quero as moradas, por favor!!! Sofia? Mariana? É que o correio tradicional pode ser um bocadinho cota, mas ficamos mesmo contentes quando o recebemos! :-)

Muitos beijinhos para as cinco*****************

sexta-feira, 14 de setembro de 2007

Cor-de rosinha

É preciso vir o Ricardinho defender os cor-de-rosinha. É Benfica e está tudo dito!

Pastilha que não cola... promete

Achei este artigo do jornal Sol digno de medalha!

"Uma pastilha elástica fácil de remover, que resulta de uma descoberta tecnológica e promete fazer respirar de alívio as autarquias preocupadas com a limpeza das calçadas, é apresentada esta semana num Festival da Ciência a decorrer em York, Reino Unido


Uma empresa que faz parte da Universidade de Bristol completou o desenvolvimento da sua nova 'Clean Gum' (literalmente 'pastilha limpa'), que pode facilmente ser removida dos sapatos, da roupa, do chão e do cabelo, e espera lançar o produto no mercado em 2008.


Os resultados dos testes preliminares realizados pela companhia também indicam que a pastilha se degrada naturalmente na água.

Em duas experiências realizadas em pavimentos de ruas, três em cada quatro pastilhas actualmente comercializadas permaneceram agarradas ao chão, enquanto a nova pastilha da foi removida em 24 horas por causas naturais.

«A vantagem da nossa 'Clean Gum' é tal que tem um gosto agradável, é fácil de remover e tem o potencial de ser biodegradável», disse Terence Cosgrove, da Universidade de Bristol e director científico da Revolymer. (...)"

Lusa/SOL

Assim é que é...
Apenas uma questão que me parece bastante pertinente: se se degrada em água, como é que se aguenta muito tempo na boca???

Não sou uma ilha


Estava em falta aquele que devia ter sido o primeiro texto deste blog/ diário/ coisa para escrever quando me apetece. Porquê chamar-lhe “Nenhum homem é uma ilha”?

Resposta simples. As ilhas estão, por definição, isoladas do resto do mundo. E isso é chato! Não sou uma ilha e estou plenamente convicta de que tudo o que nos rodeia não é apenas água. Sozinhos somos muito pouco. Os outros fazem-nos crescer, evoluir, aprender e também errar. Mas mesmo o erro tem um lado positivo. Erramos uma vez, compreendemos os nossos enganos e tentamos corrigir-nos um bocadinho todos os dias.

Nenhum homem é uma ilha pretende constatar que amigos, colegas, família, conhecidos e animais (claro) são essenciais à evolução humana. Bem… são pelos menos indispensáveis para prosseguir a minha caminhada diária com um sorriso nos lábios. Uma prova evidente de que sozinhos não somos nada… juntos temos o mundo na mão!

(Ah! E o título do blog foi sugerido por uma determinada tese...)

quinta-feira, 13 de setembro de 2007

De Bestial a Besta


Tudo se passou esta Quarta-feira no grande Alvaláxia.

Portugal jogou contra a Sérvia.

Quem passou pelo Campo Grande teve oportunidade de ver a quantidade de malucos que se atravessava à frente dos carros, independentemente da cor do sinal de trânsito. Mas se a chuva não pára um adepto fervoroso, duzentos carros, vindos não sei de onde, assustam muito menos.

Hino nacional, mão orgulhosa no peito, lágrimas de emoção. 21h. A bola rola no relvado. E os nossos meninos até estavam animados. Aos 11 minutos: Gollllooooooo! Gritos de euforia enchem o estádio. Mas como tem sido hábito… agora que já marcámos um golinho, toca a jogar à defesa.

Como era relativamente importante ganhar o jogo, empatámos.

O Senhor Scolari, ligeiramente aborrecido com a prestação da equipa - que, já agora, depois do golo decidiu descansar para não gastar demasiadas energias num só jogo - envolveu-se numa calorosa conversa com um jogador da Sérvia… um tal de Dragutinovic. Parece que o senhor sérvio quis aproveitar o fim do jogo – e o golo deles erradamente assinalado – para “cumprimentar” o nosso mister e a sua respectiva família. Scolari não gostou da intimidade, acabando por lhe assentar a mão esquerda na bochecha direita. Ou seja, deu um valente murro no adversário para, à boa maneira portuguesa, mostrar que não se vem a Portugal empatar com a grande Selecção e se vai embora a rir.

Acertou-lhe ou não? E o outro também lhe tocou? Nada disto é muito relevante pois, ao ver tal atitude do grande Felipão, o povo português, nada apreciador de espectáculos violentos, ficou escandalizado. E apesar do pedido de desculpas, esta foi a altura certa para mostrar que enquanto Portugal ganha, Scolari é rei, mas quando nem tudo corre pelo melhor decidem dar-lhe um valente pontapé no real traseiro. Parece-me um “nadinha inconsistente”, mas é o povo que temos. Palavras para quê? Fiquem com o vídeo dos grandes comentadores e viva o fairplay!

sábado, 8 de setembro de 2007

Cão e Gato

Incrível verificar como os gatos conhecem os cães e como os cães começam a entender os gatos.
Obrigada pelo jantar.
Obrigada pela amizade.

A lição de Charlie

“Eu

Já perdoei erros quase imperdoáveis, tentei substituir pessoas insubstituíveis e esquecer pessoas inesquecíveis. Já fiz coisas por impulso, já me decepcionei com pessoas que pensei ser impossível me decepcionar, mas também decepcionei alguém.

Já abracei para proteger, já me ri para quando não podia, fiz amigos eternos, amei e fui amado, mas também já fui rejeitado, fui amado e não amei. Já gritei e pulei de tanta felicidade, já vivi de amor e fiz juras eternas, fiz asneiras muitas vezes! Já chorei ao ouvir música e ao ver fotografias, já liguei só para escutar uma voz, apaixonei-me por um sorriso, já pensei que fosse morrer de tanta saudade e tive medo de perder alguém especial (e perdi)!

Mas vivi! E ainda vivo! Não passo pela vida… e tu também não devias passar! Vive!!! O que é realmente bom é ir à luta com determinação, abraçar a vida e viver com paixão, perder com classe e vencer com ousadia, porque o mundo pertence a quem se atreve e a vida é ENORME para ser insignificante.”

Charlie Chaplin

Texto de 31 de Agosto de 2007

Gratidão

Hoje alguém foi generoso comigo. Um gesto bonito. Muitas palavras simpáticas… como sempre…

Recebi um presente! Mesmo bonito! Não um daqueles muito bem embrulhados. Vinha num saco grande. Sem laço. Sem papel. Simples, ainda que enorme. Adorei. Mas este foi um presente diferente. Não gostei, apenas, dele. Claro que o interior do saco me surpreendeu. Um a um… admirava…

Quando cheguei a casa, contemplei-o novamente. Contudo, desta vez, fi-lo de um ponto de vista diferente. Apreciei a bondade com que tinha sido presenteada. E senti-me culpada…

Culpada por não saber agradecer o suficiente. Culpada por desconfiar de um sentimento tão nobre como a pura generosidade. Culpada por ouvir demasiado o que os outros dizem e esquecer, constantemente, de dar voz ao meu coração. Desconfiamos de tudo e de nada. Receamos ser enganados, prejudicados. Mas nem sempre é assim e, muitas vezes, é o à vontade e a naturalidade com que nos recebem que quebra o gelo que outros ali colocaram por inveja e ciúme.

Hoje alguém foi generoso comigo. E esta não foi a primeira vez. É tão reconfortante sentir que alguém, que pensámos não conhecer, quer apenas o nosso bem. É tão consolador ver que nos querem ajudar de forma gratuita.

Num mundo em que o dar sem esperar nada em troca quase não existe, em que os valores são escondidos debaixo do tapete, atrás de uma porta fechada ou dentro de um livro, sentimo-nos aconchegados com demonstrações de afecto. Não só porque vivemos com sede de carinho, mas também porque a pureza de sentimentos nos emociona.

Hoje alguém foi generoso comigo. Gostaria de retribuir, mas não sei como. O melhor que faço é apresentar um sorriso agradecido, seguido de algumas palavras simpáticas, como se acrescenta açúcar à mistura de um doce. Mas, da mesma maneira que o açúcar é o responsável pela doçura de um bolo, também as palavras adicionam autenticidade ao sorriso. Um sorriso verdadeiro que transmite mais do que agradecimento. Transmite amizade!

Hoje alguém foi generoso comigo. Obrigada…

Texto de 29 de Agosto de 2007

Tantas ideias... nenhuma palavra

Os olhos brilhavam. A ponta da caneta roçava o papel. Na sua cabeça, todas as ideias pareciam ter acordado e, em simultâneo, cada uma desejava demonstrar o seu valor. Mas toda aquela euforia culminou em confusão. Misturando-se umas com as outras, no papel apenas algumas palavras sem sentido se agrupavam.

O tempo passava… a frieza da noite já penetrara no calor do quarto. Depressa a preguiça se apoderou da mão que, até ao momento, fielmente segurava a caneta. A vontade de escrever, que antes lhe preenchia a mente, tinha sido derrubada pelo cansaço.

- Quero escrever - dizia – mas hoje já não consigo. Milhões de ideias assaltam-me o pensamento e, de uma forma que não sei explicar, não permitem que me fique apenas por uma. Prefiro aguardar até que uma delas se decida a marcar a diferença. Sim. Só então valerá a pena escrever sobre ela.

Texto de 28 de Agosto de 2007